2014
XVIII Jornadas Independentistas Galegas
Lenine 1924-2014
90 anos fazendo tremer o capitalismo
Compostela, 10 de mario de 2014
(CS O Pichel)
Apresentaçom
Há 90 anos, falecia de um derrame cerebral Vladímir Ilich Uliánov Lenine. O coraçom do mais destacado dirigente da Revoluçom bolchevique deixou de bater com tam só 54 anos, depois de umha prolongada doença provocada polas seqüelas de um atentado sofrido em 1918.
Na noite de 21 de janeiro de 1924, o Pleno do Comité Central do Partido Comunista Russo (Bolchevique) informou do seu falecimento: «Morreu o homem sob cuja direçom combativa o nosso partido, envolto no fumo da pólvora, hasteou com a mao firme a bandeira vermelha de outubro em todo o país, varreu a resistência dos inimigos e consolidou firmemente o domínio dos trabalhadores na Rússia czarista. Morreu o fundador da Internacional Comunista (…) o amor e o orgulho do proletariado internacional, a bandeira do Oriente oprimido, o dirigente da classe operária russa».
Nestas XVIII Jornadas Independentistas Galegas, Primeira Linha nom pretende analisar a açom teórico-prática de Lenine a partir de umha ótica académica. Tenciona é estudar e avaliar Lenine como referente e inspiraçom da Revoluçom Galega, divulgar o vasto legado político e ideológico que deixou à humanidade e aos povos explorados.
Fazemo-lo no meio dumha crise sistémica do modo de produçom capitalista, na qual as 85 pessoas mais ricas do planeta acumulam o mesmo património que metade da humanidade, 3.500 milhons de pessoas.
Fazemo-lo em plena deriva fascista do regime pós-franquista espanhol, em plena involuçom autoritária da II Restauraçom bourbónica. No meio da vasta ofensiva espanholizadora que visa esmagar a viabilidade do projeto nacional galego que necessita o proletariado e o conjunto das camadas populares.
Fazemo-lo quando mais de metade da força de trabalho da Galiza -as mulheres-, se vê agredida nas suas condiçons laborais, direitos sexuais e liberdades pola fúria do patriarcado e do machismo.
Frente a esta situaçom a que nos tem conduzido o imperialismo que tam bem definiu Lenine como a fase superior do capitalismo, o leninismo como projeto emancipador para o proletariado, as mulheres e os povos oprimidos, é umha necessidade.
A sua preocupaçom com o avanço do nacionalismo russso frente à sua conceçom multinacional da URSS, a sua oposiçom à acumulaçom de poderes e defesa de umha direçom colegiada e das mais elevadas formas de democracia socialista, a defesa de um Estado que assegurou os direitos negados durante séculos às mulheres trabalhadoras, fai parte da prática leninista em que nos sentimos refletid@s. Eis porque somos leninistas.
Primeira Linha nom quere a Lenine embalsamado nem deturpado, tampouco criminalizado nem condenado a umha adoraçom inofensiva. Queremos a Lenine vivo e criativo, luitando nas ruas, combatendo com coragem e decisom contra toda forma de exploraçom e dominaçom, orientando com flexibilidade tática as tarefas concretas da situaçom concreta sem perder nunca o fio vermelho dos firmes objetivos estratégicos por umha nova sociedade, pola Revoluçom Socialista, pola independência da Pátria e a superaçom do sistema patriarcal.
Por muito que lhes pese Lenine vive e avança na Galiza do século XXI!
Comité Central de Primeira Linha
Galiza, maio de 2014
Programa
11 horas
A juventude do projeto leninista
-Luzia Leirós Comesanha, Comité Central de Primeira Linha
12.30 horas
Leninismo e libertaçom nacional
-Maurício Castro, Comité Central de Primeira Linha
16.30 horas
Fundamentos do leninismo
-Jonathan Hernández, Buró Político do Partido Comunista do México (PCM)
19 horas
DEBATE: Atualidade e vigência do leninismo
-Filipe Diniz, Partido Comunista Português
-Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha
-Néstor Rego, secretário-geral da UPG
-José Emílio Vicente, Movimento Galego ao Socialismo